Não é a primeira vez que conversamos aqui sobre minha crença em um “universo” que de alguma forma faz com que as coisas que tenham que acontecer, simplesmente, aconteçam! Eu dei alguns exemplos, falando do Curso de Pilotagem, de como fechei a escola, de algumas coincidências que rolaram nisso tudo e vocês vão ver que sempre se repete esse movimento, e de algum jeito minha vida só vai melhorando! rsrsrsr. Agora vou trazer mais um exemplo! Eu tinha olhado um tempo atrás uma opção de categoria um pouco mais em conta para conseguir fazer algumas corridas e não ficar completamente parado em 2020, já que os patrocinadores estão em negociação, ainda! Olhando isso, vi uma categoria chamada RaceCup, e eles me convidaram com uma condição especial para fazer a primeira etapa, em Interlagos nos dias 12 e 13 de Fevereiro! Ok, até aqui… normal! Só que, junto com isso chegou um convite de um parceiro que as pistas me fez conhecer, chamado Danilo Marangoni! Um apaixonado e entusiasta pelo automobilismo! Esse convite era para fazer um papo muito legal sobre sonhos, automobilismo e etc. Então, ficamos de ver as datas, e lá vem o universo… o convidado do final de semana da corrida, que eu estaria em SP, não confirmou. Casou certinho as agendas!!! Lá vou eu, participar desse papo muito legal! O papo fala, claro, de automobilismo, fala de sonhos, fala de princípios, um pouco de universo e de uma revelação minha de vontade sobre a Copa Truck! Então… vai dar pra me conhecer um pouquinho mais! O programa foi apresentado pelo Danilo, teve eu como convidado e o Kleber Eletric como co-apresentador! Segue aqui em baixo o vídeo!!
Hoje, fugirei um pouco do tema das “Histórias” quem tem rodeado os nossos papos por aqui para falar um pouco sobre este assunto: O perfeccionismo!
“Ah Gerson, mas ser perfeccionista não é uma boa coisa?”, e eu te respondo categoricamente, baseado na minha experiência até aqui: NÃO! Não é uma boa coisa.
Eu explico! É óbvio que todos nós que fazemos alguma coisa queremos entregar o melhor que for possível para o que estamos construindo! Seja um produto, um serviço, uma reunião, uma corrida, enfim, independente do que estamos fazendo, se realmente temos interesse genuíno de ser bons no que estamos fazendo, vamos entregar o melhor que conseguirmos. Mas, isso tudo começa a ficar complicado e, principalmente, congelado, quando a gente tenta ir para a perfeição!
Quando você busca a perfeição você automaticamente anula tudo que você já possui, porque nada (sim, eu disse nada) é perfeito! Nem pessoas, nem produtos, nem processos, nada! Tudo poderia ser um pouco melhor. Só que, tudo poderia ser bem pior do que é! Mas isso não te paralisa tanto quanto querer a perfeição! Como nunca está perfeito, você simplesmente não lança a sua ideia para a “prova de fogo”! Seu produto nunca está bom! Seu serviço não é suficiente! Sua reunião poderia ter sido melhor! Claro! Sempre poderia! Sempre pode! Mas é necessário fazer!
Aqui entre nós não temos mi-mi-mi e não pretendo esconder nada de conteúdo, então vou usar o meu próprio exemplo!
Este site e todo conteúdo que vocês vão encontrar por aqui são trechos de histórias ou reflexões minhas e que eu gostaria de transformar em palestras, para conseguir atingir a maior quantidade possível de pessoas.
Quero que minhas experiências motivem as pessoas! Quero que minhas reflexões levem as pessoas a refletirem! Quero contribuir e facilitar a trajetória de pessoas que estão trilhando um caminho que eu já passei!
Mas é claro que tem muita gente que já está muito na minha frente, e se eu ficar olhando para eles (que também não são perfeitos, porque sempre podem melhorar) eu vou ficar paralisado! Qual o problema disso? Minha ideia não sai do papel e eu deixo de ajudar um montão de gente que poderia ouvir o que eu tenho a dizer!
Então, o que rolou… esse site já é fruto de muito bate papo, de muita reflexão e de muito pensamento sobre o assunto. E se eu acho que está perfeito?! Não! Eu teria colocado no ar sem estar me desafiando? Não também! E você não estaria lendo isso agora! Mas ok, eu fiz o site! Tá aqui! E já temos algumas histórias publicadas.
O que eu pensei agora já que o site está no ar? “Vamos usar esse conteúdo para impactar pessoas e transformar isso em palestras?!” Não… Minha primeira ideia depois do site no ar foi: “Se eu fizesse uma animação com os meus textos, ficaria muito mais legal das pessoas assimilarem o conteúdo!” Sim!!! Ficaria! Mas porque!? Pra que?! Porque não focar em distribuir esse conteúdo e já impactar pessoas agora!? Porque não ter iniciado esse site 1 ano antes! Quantas pessoas teriam lido se isso aqui tivesse no ar 1 ano antes! Quantas poderiam estar realizando sonhos 1 ano antes! Quantas já teriam feito seu curso de pilotagem 1 ano antes?
Então meu ponto aqui é o seguinte: “Feito é melhor do que perfeito!“.
Se você tem uma ideia de projeto, produto, processo ou seja lá o que for, FAÇA! Somos adultos, temos contas para pagar e não somos inconsequentes! Não estou incentivando você a se demitir e sair por aí sem rumo! Mas estou falando que SIM, o que você quer fazer tem que ser feito, porque através dos olhos de um perfeccionista, nunca estará bom o suficiente para ser lançado! E isso te trava.
Querer entregar o melhor que você pode naquele momento na atividade que você está se dedicando, é ótimo! É nobre! É válido! E é essencial se você quer se destacar e ter sucesso seja lá no que for! Agora, esperar que fique perfeito, é uma furada que você deve evitar diariamente! Para mim, não é fácil!
Eu estou aprendendo, dia após dia, e estar aqui com esse site já é um avanço bem grande da minha parte! E espero que você que está lendo isso coloque em prática o que tem de ideias esperando ficarem “perfeitas”, porque nunca ficarão!
Como “bônus”, deixo aqui com vocês um vídeo de lançamento do Windows 98. Estava perfeito?! Mas foi lançado! E evoluiu! E hoje temos versões bem melhores! Olhem o vídeo:
Falei um pouco com vocês em outros textos (que você pode ver clicando aqui) sobre como começou minha carreira, porque eu fui chegar no automobilismo e de algumas coincidências que ocorreram para que desse certo a minha primeira tentativa de responder a pergunta: “O que você faria se não precisasse de dinheiro?! Se tivesse um cartão de crédito ilimitado, que nunca chega fatura!”
Pois é. Dessa vez, nesse texto, não vamos ainda falar do curso de Pilotagem em si, vou apenas falar um pouco para vocês como eu me comporto quando tenho adversidades ou quando algo não sai do jeito que foi planejado! Aproveitando o tema, vou falar para vocês uma espécie de Mantra que eu uso absolutamente todos os dias, e que também tem origem dos papos filosóficos com o irmão que comentei no texto anterior, que é: “Até quando dá errado, dá certo!”. E vocês entenderão porque falei dele já no início do texto!
Vamos ao Curso de Pilotagem. Depois de toda correria e tentativa de fazer o curso na turma de Julho, deu certo! Organizei para faltar no trabalho. Consegui pagar. Tinha companhia para o curso, um parceiro da mesma cidade. E lá vamos nós! Chegamos em SP, hotel, banho, e lá vamos nós para a Roberto Manzini para a primeira aula às 19h! Opa, faltou um detalhe aqui, que é sobre o curso em si. O curso é dividido em: – Uma aula teórica, onde você vai aprender teorias sobre bandeiras, curvas, tangência, um pouco de física, e outras várias teorias que regem e fazem parte do automobilismo, só depois você vai para a pista. – Aulas práticas, onde você vai efetivamente para a pista, que será assunto do próximo texto!
Então, voltando às 19h do dia 1, chegamos na Roberto Manzini. Já ganhamos um kit com um boné e outros brindes, já começamos a ver o lugar, já procuramos por ali por algum carro (é disso que gostamos) e ficamos como crianças descobrindo um mundo novo! Até que: “Pessoal, vamos subir para a sala de aula!”. Confesso que lembrei da escola, só que dessa vez o conteúdo era todo do meu interesse e útil para mim (será que vale um texto sobre minha visão de educação e escola? Acho que sim! Depois!). Na sala de aula, alguns equipamentos, algumas coisas para demonstrações, um projetor e um quadro. Era uma escola, mesmo! Só que de Pilotagem Esportiva! E como professor, José David!
Uma das coisas que me fez ficar muito feliz com a escolha dessa escola foram as primeiras palavras do nosso Instrutor Chefe! É muito bom quando você se identifica com o professor! Era um cara direto, de boa fala, sem frescura e sem mimimi! Cara do tempo do automobilismo raiz! Era exatamente o que eu queria! Foco! Bora! E a imagem era essa:
Com todo conteúdo passado. Muita atenção da minha parte. Peguei todas as dicas que pude. Anotei tudo. Conheci os demais parceiros de curso. E depois de algum tempo sem pensar a respeito me veio uma reflexão: “Isso aqui é exatamente o que eu queria estar fazendo! Esse aqui é o lugar que eu queria estar agora!”. Fim de dia, volta pro hotel, e ansiedade gigantesca pelo dia seguinte! Finalmente, vou pilotar em Interlagos!!!
Amanheci um dia diferente! Era dia útil, mas eu não ia para o escritório. Nem estava em SP para alguma reunião! Não, eu estava lá realizando um sonho! E isso era sensacional. Eu me lembro da sensação até hoje de “acordar” nesse dia. Acordar está entre aspas porque eu mal dormi! Ansioso!
Saímos do hotel, partimos para a escola e chegando mais perto, lá estamos nós correndo da chuva! Isso… CHUVA! Entramos no autódromo como profundos devotos de São Pedro (que nunca fui, então claro que ele não ia me ouvir), mas logo ouvimos do nosso Instrutor Chefe raiz e sem mi-mi-mi: “Pista hoje? Esquece! Só temos pneu slick e não dá para aprender de slick na chuva.”. Decepção! Fim de dia! Nada de realizar o sonho de pilotar em Interlagos. Depois de muito esperar por lá, o José Davi pediu que um dos instrutores dessem uma volta na pista conosco, em um carro de rua, apenas para conhecermos a pista. E já foi bastante interessante! Vejam:
E foi só isso! O resto do dia, fomos passear por SP!
Aqui nós começamos a falar sobre o que prometi lá no início. Sobre “Até quando dá errado, dá certo!”. Não saiu como planejado. Não realizei o sonho. Não fiz o curso. Não pilotei em Interlagos. E é aqui que vem o foco desse texto! O que a grande maioria sentiria ou pensaria? O que eu senti/pensei diante dessa situação?
A maioria pensaria: – Perdi um dia de trabalho! – São Pedro não gosta de mim! – Eu sou azarado! – Perdi o dinheiro da viagem e terei que vir de novo. – Gastei hotel a toa! E mais um monte de pensamentos que, na minha visão, além de não ajudar a passar pelo momento da adversidade, vão atrair mais coisas que você não quer ter!
Como eu penso: – Fiz uma ótima viagem! – Dei início para o meu curso! – Conheci uma galera legal! – Tirei um dia de folga! – Conheci o templo de Interlagos! – De uma volta na pista, coisa que nunca tinha feito! E mais uma série de coisas boas que aconteceram, de fato, nessa viagem!
Então o principal recado aqui, na minha visão é: Foque nas coisas boas! Tem coisas boas o tempo todo acontecendo ao seu redor! É que nós temos uma tendência muito forte para desvalorização das coisas boas e excesso de atenção para as coisas ruins! Não!! As coisas boas são a grande maioria! Só que a gente só vê as coisas ruins!
Na minha visão, absolutamente todas as coisas que acontecem tem seu lado positivo, TUDO! Até as coisas ruins! Sim… olha com cuidado e com carinho, na pior das hipóteses uma coisa ruim que te aconteceu vai virar um belo aprendizado! Se não virar um aprendizado, vira uma história nova para contar! Como diz o sábio Aruano Suassuna: “O que é ruim de passar, é bom de contar!”. Ou seja, de qualquer forma, vai ter algo de bom! Foca nisso! Na lição! No percurso! E o percurso tem mesmo dificuldades!
No próximo texto, vou contar para vocês como foi o curso, de verdade, aí sim, será algo mais técnico com mais detalhes de pilotagem e com a “sementinha” que o José Davi plantou depois das minhas aulas práticas.